sexta-feira, 26 de outubro de 2012 | By: Unknown

Matéria em Revista

Rolling Stones: artistas imortais!!

Quem assistiu o "Jornal da Globo" nesta madrugada, no último bloco, tive uma notícia inusitada sobre a banda de rock "Rolling Stones", onde fizeram um show surpresa em Paris. Estes astros do rock ainda conseguem surpreender aos fãs. Nesta mesma noite (25/10/2012), subiram aos palcos para um mega show há preços acessíveis a qualquer público, o que para nós brasileiros equivale a R$ 40,00. Mesmo completando 50 anos de carreira, a banda Rolling Stones ainda contagia o público que prestigia seus shows, com o "gás" de início de carreira. Os fãs merecem!

E para homenagear esta maravilhosa banda de rock, publicamos aqui uma matéria feita em 2005, onde se falava da turnê polêmica - "Sweet Neo Con":




quinta-feira, 25 de outubro de 2012 | By: Unknown

Entrevistas

Entrevista feita com a "Família Lima" em 2005.

Entrevista exclusiva (na época) onde Lucas Lima fala do trabalho de 10 anos do grupo e os projetos para os anos seguintes.




Em breve, postaremos também as outras duas perguntas que não foram publicadas na revista. Detalhe importante: em áudio!!






quarta-feira, 17 de outubro de 2012 | By: Unknown

Entrevista com ator humorístico Jair Kobe

Entrevista com ator humorístico Jair Kobe 


Esta entrevista foi realizada na tarde que antecedeu a apresentação do espetáculo "Guri de Uruguaiana", realizado pela RBS TV Cruz Alta, no dia 09 de Setembro de 2011. 


1 - Tudo tem o seu começo e sabemos que não foi diferente na carreira humorística. Em que momento surgiu este desejo de dizer: “é esta a minha vocação, meu projeto para a vida”; e quais as dificuldades que encontrou pelo caminho?

Sempre tive uma veia de humor em função da família: meu pai sempre muito divertido, meus irmãos... então, sempre teve na minha família essa coisa de se fantasiar, de criar personagens, criar situações.  E eu, a vida inteira brinquei com isso. Foi quando eu exercia outras funções, tive vários trabalhos: trabalhei com a propaganda, trabalhei com música (o Grupo Canto Livre) na década de 80, e eu tinha um restaurante com música ao vivo, e eu fazia as brincadeiras com os músicos: quando era pra tocar música baiana, me vestia de baiano e tocava pandeiro; fazia paródias de músicas baianas, música gaúcha... eu colocava um bigode e uma boina e já fazia umas brincadeiras também. E quando eu percebi, eu já havia criado vários personagens. Passei então, cada vez que convidado para uma festa, um evento de família e amigos, o pessoal dizia: “- Leva tuas malas com as perucas, tuas fantasias lá pra divertir a gente”. E eu chagava, fazia as brincadeiras e tal, e agradava muito. Ai eu digo: “- Não, perai um pouquinho, se eu estou agradando tanto assim eu vou me profissionalizar”. Então, agora em outubro eu completo 10 anos que eu comecei nesta carreira, comecei com 42 anos. Me dediquei à carreira de humorista aos 42 anos de idade.



2 - Você mencionou em seu que site que herdou o humor de seu pai. Qual de suas filhas herdou sua simpatia e humor? Auxiliaria nos primeiros passos?

Eu acho que minha filha caçula, Júlia, tem uma pegada muito interessante: ela é muito engraçada, faz vozes, ela cria personagens. Ela tem 8 anos de idade e a gente percebe assim que ela é mais “despachada” em relação a minha outra filha, a Rafaela que tem 12 anos.



3 - Em 2001 deu seus primeiros passos como humorista. Como foi subir ao palco pela primeira vez em “Seriamente Cômico”?

Olha, eu nunca tive dificuldade. Eu já estreei como se fosse um artista já veterano, porque aos 42 anos de idade já havia feito muita coisa e palco já não era novidade pra mim porque na década de 80 participei de toda esta história da música nativista com o Grupo Canto Livre. Chegando em 85, inclusive, com uma música classificada em um festival dos Festivais da Rede Globo, onde cantamos esta música, chamada “Este gaiteiro”. Interpretamos esta música no Gigantinho e depois na eliminatória, do Gigantinho fomos pra semifinal no Maracanãzinho; Maracanãzinho lotado. Então minha experiência de palco já vem de muito tempo, minha experiência com o público já vem de muito tempo. Eu fazia eventos durante um período que eu morei (6 anos) em Capão da Canoa e justamente antes de acontecer, onde eu tive este restaurante, e lá em Capão da Canoa eu organizava um evento todo o mês que era muito bacana, se chamava “Domingo na Praça”. Então eu ia num palco na praça e ficava a tarde inteira administrando um evento para o público. Então isso ai me deu muita “canja”, quando eu estreei em 2001, no Teatro do Ipê, com o espetáculo “Seriamente Cômico”  eu já tinha bastante tranqüilidade de palco. E ai você vai aperfeiçoando, o texto era novo, o roteiro era novo. Tinha que prestar bem a atenção no que estava acontecendo, mas a tranqüilidade de estar na frente do público eu já dominava.



4 - Para toda e qualquer apresentação denota tempo. Quantos ensaios chega a fazer e de onde surge inspiração para cada apresentação, por se tratar de um humor “stand up comedy”?

Na verdade o “stand up comedy” tem uma característica diferente, não é exatamente o que eu faço. Eu trabalho com personagens, eu trabalho utilizando vários recursos, coisa que o “stand up comedy” não utiliza. O “stand up comedy” não utiliza vozes, não utiliza adereços, não utiliza recursos externos. E eu utilizo bastante. Eu utilizo a música, eu trabalho muito com as trilhas, é um personagem caracterizado. Agora, quanto aos ensaios, isso ai, claro, eu faço show todos os dias. Então todo dia você vai aprendendo, adquirindo... você coloca um cara que se chama Caco, uma brincadeira de improviso em um dia, deu certo, funcionou... no outro dia você usa de novo, e sem se dar conta, já faz parte do texto, já faz parte do roteiro. Você nem se lembra quando que você colocou aquela história, entendeu? Não é uma coisa assim que você parte de um roteiro pré-estabelecido, o qual eu montei em 2008 quando eu levei este espetáculo para o teatro. Montei este roteiro, e a partir dali ele foi evoluindo. Então imagine, são 220 - 240 shows por ano, então a coisa vai evoluindo, a cada dia você vai agregando alguma coisa no roteiro.



5 - Quando houve a necessidade de ter um companheiro de palco? E como foi dar vida ao personagem Licurgo, o “gaúcho emo”?

Foi quando eu levei este espetáculo, o “Guri de Uruguaiana” para o teatro em 2008, que eu fui formatar este espetáculo eu já tinha imaginado que eu precisava de “um escada” , que eu queria um ajudante de galpão. E ai este nome Licurgo já era um nome antigo também que eu já tinha na manga, porque descobri que quando conheci uma pessoa lá em Capão da Canoa que se chamava Licurgo, que descobri que o nome do cara era Licurgo, e que ele era natural de Uruguaiana, eu fiquei imaginando: “-Bah, um dia vou criar um ajudante do Guri de Uruguaiana vai ter que se chamar Licurgo”. Então, surgiu assim... quando ele surgiu, na primeira temporada, ele não era “emo”, ele era apenas um baixinho e tal, não falava, já tinha estas mesmas características, mas ele ainda não era “emo”. Se transformou “emo” meio que sem querer, quando resolvi trocar a peruca nele, ficou uma franja que parecia um “emo” e a partir dali, começamos a colocar uns adereços. Na temporada seguinte já era o “gaúcho emo”. 




6 - Por caracterizar um gaúcho nos palcos, como foi a aceitação do Movimento Tradicionalista Gaúcho (MTG)? Houve algum tipo de protesto como o que houve com o "tchê music"?

Não, não houve. Eu até achei que poderia acontecer uma manifestação mais reacionária, mas não houve porque eu já tinha o respaldo da classe artística. Porque eu não surgi de pára-quedas do nada. Todos as pessoas, os artistas consagrados que estão ai hoje na música nativista já são meus amigos de muito tempo, são meus parceiros de músicas e de festivais. Já participei de todos estes festivais, todo mundo me conhece do trabalho que eu fazia no Grupo Canto Livre. Então eu já tinha este conhecimento, esta aceitação porque eu venho da música. E o respaldo dos próprios autores: o Bagre Fagundes, o Nico Fagundes que é uma personalidade muito importante dentro da história da música e do nativismo gaúcho, do tradicionalismo gaúcho. Eles, na condição de autores da música não colocaram nenhum empecilho, viram que seria uma forma bem humorada, mais um veículo que estavam abrindo, mais uma oportunidade pra que o grande público conhecesse a obra deles que é a música “O Canto Alegretense” . E eles sabe disso, eu tenho certeza disso também, que “O Guri de Uruguaiana” está colaborando muito pela divulgação do trabalho deles. Então, não tive problema nenhum, nem nunca tive. Tem uma revista, a Aplauso, saiu uma matéria sobre a minha história com depoimento fantástico de Paixão Cortez. O ano passado lancei um livro, “Os Causos do Guri de Uruguaiana”, na Semana Farroupilha, dentro do Piquete IGTF, fiz um coquetel de lançamento do livro (lá dentro). Isso tudo é sinal de que eles estão entendendo que não é um deboche que eu faço, pelo contrário, é uma maneira de divulgar as tradições gaúchas num seguimento que necessariamente não tem acesso. Tu faz um show com grande cantor nativista, um grande artista nativista, tu tem um público bacana, um público focado, um público que é o público do nativismo. É o público da música gaúcha. Agora, um show de humor, você atinge crianças, atinge gente que gosta de nativismo, de sertanejo... então o público que você atinge é muito maior do que o segmentado. Então é um público que, tanto é que em função disso, os shows do “Guri de Uruguaiana”  tem sido recordes de público em todas as cidades que a gente participa.


7 - Em seu site percebemos novos personagens. Há novos planos para longo prazo?

Não, até que os personagens não são novos, são antigos. São os que exatamente começaram no espetáculo “Seriamente Cômico”, (o baiano, Brega Maurício Ronaldo, Mágico Sergay Baitabichóvsky e o Guri de Uruguaiana). Estes outros personagens, infelizmente, eu não estou podendo trabalhar porque o “Guri de Uruguaiana” está me absorvendo demais todo o meu tempo, e tem vários projetos para o “Guri de Uruguaiana”. Mas para os outros personagens eu tenho um show fantástico, que é o “Seriamente Cômico” que eu gostaria de colocar novamente no teatro, fazer uma gravação, lançar um DVD que ele é fantástico, é lindo. É maravilhoso este show, ele é um pouco mais musical, que tem vários personagens que hoje com o nome do “Guri de Uruguaiana” seria um golaço, seria uma barbada de vender DVD, de trabalhar o espetáculo. Mas eu não tenho condições de tirar o foco, porque agora o “Guri de Uruguaiana” tá me absorvendo 100%.


8 - Dez(10)anos de estrada como humorista... já participou de vários programas de televisão e mostrou que gaúcho também faz humor, não é apenas alvo. Qual foi a receptividade em Paris de um trabalho como o personagem “Guri de Uruguaiana”?

É, na verdade esta brincadeira da Europa, eu estava de passeio, fui passear e criei, já que não podia me ausentar 10 dias do público do Twitter, que são mais de 18 mil seguidores, que se você ficar 10 dias sem se comunicar com estes seus seguidores, você vai perder 10% deste público. É um público de Twitter que quer saber notícias diárias e você tem que postar 1, 2, 5 twitts por dia que é pra você manter o cara atualizado do que está acontecendo. Então eu precisava criar esta cena, que eu tinha que criar alguma coisa... por que é que eu fui pra lá? Então eu me dei o trabalho de sempre que eu saio  assim, eu levo aquela caracterização do “Guri de Uruguaiana” e em algum momento me caracterizo e a minha esposa me registra lá, e eu faço um clipezinho, um vídeo, conto uma história, pra criar esta cena de que o “Guri de Uruguaiana” estava acontecendo. Então eu criei esta cena toda de que havia recebido um telefonema, que era de Barcelona, e era uma proposta de emprego e eu fui pra lá e não consegui achar o emprego... descobri que havia um CTG em Paris e que eu iria pra lá. Pior que eu fui até o tal CTG e não achei! Então eu criei toda esta cena justamente pra poder continuar me comunicando com o público. Foi uma boa sacada, deu uma repercussão bárbara, no blog, no Twitter... foi muito legal.



9 - Até por falar em Twitter, você comenta como por reclamação que estava em um restaurante e que não conseguia acompanhar e ver como estava indo o Gre-nal.

É, o “Guri de Uruguaiana” inventou que tinha uma antena enorme lá em Paris, que é a Torre Eiffel, e esta antena não (mesmo com uma baita antena daquelas) pegava a Rádio Gaúcha. Então, e ainda ele comenta que a antena ainda não estava pronta, que tá só nos ferros, que quando ela estiver bem prontinha ia ficar a coisa mais linda do mundo.



10 - Nosso estado tem belezas ímpares em relação ao restante do país. A cidade de Uruguaiana é rica na produção do grão de arroz e cidade importante na agropecuária nacional. Por que “Uruguaiana” e não outra cidade para criar o personagem humorístico?

Porque este personagem surgiu no espetáculo “Seriamente Cômico”  onde o “sketch” dele eu ia pra Uruguaiana e lá eu contava uma história que eu ia fazer uma homenagem para uma pessoa lá de Uruguaiana e fiquei sabendo que o filho deste estancieiro de Uruguaiana tinha ido pra Europa com uma bolsa, e depois eu descobria que era uma bolsa de crochê. E o guri este de férias em pra Uruguaiana, retornando da Europa, o pai dele inventou de ir em um baile e pediu pra parar o baile e pediu pro filho cantar a música “Guri”. E o guri então diz pro pai: “- Olha pai, eu vou cantar, mas mudei um pouco a letra. Eu estava muito tempo fora na Europa, mudou um pouco meus hábitos”. Ai ele canta a música “Guri”, uma paródia muito engraçada do “Guri”. Então este personagem dentro do “Seriamente Cômico” ele surge em cima desta paródia da música “Guri”. E “Guri” é um clássico gravado pelo Cesar Passarinho e autores Júlio Machado  e João Batista Machado, que são  também uruguaianenses, esta música é da Califórnia da Canção Nativa. Então esta música é muito identificada com Uruguaiana. Então, “Guri” foi a música que deu o “start” deste personagem, a paródia “Guri”. E quando eu comecei a fazer os programas de televisão, eu precisava ter um nome para o personagem, ai então eu pensei e “-Bah, Guri de Uruguaiana... por que não Uruguaiana?”  Uruguaiana é uma cidade forte dentro da tradição, uma cidade que tem o maior festival da música nativista, um público da fronteira bem gaúcho, fala com uma particularidade também. Então, achei bacana, o “Guri de Uruguaiana”. E depois, ainda pra completar mais ainda, ficar mais interessante ainda o personagem,  que eu passei a fazer versões do “Canto Alegretense”, que é na verdade... entre o Alegrete e Uruguaiana existe uma certa rivalidade e então despertou mais, o que ficou mais engraçado é que o “Guri de Uruguaiana” só canta o Alegrete, entendeu? Então, tudo o que gera polêmica, gera discussão, acaba te dando uma mídia, entendeu?



11 - Esposo de Silvia Helena, pai de duas pequenas meninas, estudante de três cursos universitários não concluídos, funcionário de escritório de contabilidade, sacoleiro, dono de restaurante, fotógrafo, hoje humorista. Há mais algum sonho na vida de Jair Kobe?

Olha, eu estou muito bem agora... assim. Estou gerando trabalho para um monte de gente, entendeu? A gente está com um trabalho dentro da história do tradicionalismo. A gente está conseguindo levar informações assim bem legais sobre a cultura gaúcha pra todo o Rio Grande do Sul, e principalmente para as crianças, e também lá fora, levando para Santa Catarina e Paraná,e outros lugares que a gente tem viajado. Então é uma forma de desmistificar o povo gaúcho, aquela coisa toda, que é sério e sisudo. Levar de uma forma bem humorada algumas informações da cultura gaúcha: como a música, a indumentária, as suas danças, seus costumes, os seus hábitos como o chimarrão. Então eu fico bem feliz de estar podendo participar ativamente deste processo. Além do que e fora isso, levar a diversão e a alegria há um monte de gente. E as referências que a gente tem sobre estas questões são impressionantes, o quanto é importante para as pessoas ter assim um DVD em casa para poder dar risada com seu filho. Então é um trabalho que me gratifica. Eu posso ficar perto da música, uma coisa que é o “meu chão”. E então através do “Guri de Uruguaiana” eu posso cantar, tocar vários instrumentos... sempre brincando, sempre cantando, então eu estou muito feliz com este trabalho que eu venho realizando. Acho que o “Guri de Uruguaiana” vai continuar e eu vou me aposentar com o “Guri de Uruguaiana”, não tem como eu me aventurar em outro projeto, porque dentro do projeto “Guri de Uruguaiana” tem muita coisa pra ser feita.



12 - Há pouco tempo, início deste ano, foi gravado um vídeo intitulado “Gurillage People” com participação de Elton Saldanha, Daniel Torres, Jahmai e Cris Pereira, o Jorge da Borracharia. E em seus shows temos a participação especial de Daniel Torres. E como é ter a participação de amigos tão queridos nos seus trabalhos de divulgação do “Guri de Uruguaiana”?

Esta é uma grande brincadeira que agora já virou um compromisso de todo o ano lançar um clipe, cantar o “Canto Alegretense” em cima de um grande clássico mundial. E sempre que possível eu levo os meus amigos e como no “Guritles” teve o Rui Biriva e o Daniel Torres e agora no “Gurillage People” o Rui só não participou porque já estava doente e não pode participar, mas ai veio o “Jorge da Borracharia”, o Jahmai, o Elton Saldanha, todos os meus amigos. E agora para o próximo clipe eu já tenho compromisso com o Rafinha Bastos e Diogo Portugal  que querem agora gravar o próximo clipe que a gente vai fazer. Então a brincadeira do clipe é uma forma de juntar a gente neste entretenimento e também a parte de Daniel Torres em participar do espetáculo com a gente é uma forma de qualificar o espetáculo na parte musical.

Artigo - Mídia: Benefícios e Malefícios


Mídia: Benefícios e Malefícios

Cotidiano e Comportamento




Egmar Silva Ribeiro[1]


Comunicação é tudo. Uma propaganda ou até mesmo um programa de televisão tem seu entretenimento, seu apoio no desenvolvimento de opinião do ser humano e no serviço público. No mundo de hoje onde a tecnologia toma conta de nossas vidas, é quase que impossível imaginar uma residência sem um aparelho de rádio, uma televisão ou até mesmo computador conectado à internet. Esta “dependência tecnológica” gera também a influência, é ela quem nos ajuda na tomada de decisões sobre um candidato, sobre gostos em relação à categoria de filmes, é ela quem nos mostra sobre os fatos que ocorrem no mundo a cada instante.
Queremos aqui apresentar os benefícios e malefícios que a mídia gera em cada pessoa em cada um dos assuntos mais importantes do nosso cotidiano, demonstrar de que forma ela pode tanto gerar conflitos de idéias tal como gerar acordos. Opiniões são formadas e até mesmo modificadas num simples “click” no botão do controle remoto.
O que mais importa neste artigo, é mostrar a forma como ela influencia a população mundial. Um exemplo são os conflitos mundiais que acabam se tornando visíveis a todos e refletindo gravemente em nossas vidas, mas por muitas vezes, vemos apenas um ângulo dos fatos, pois a mídia manipula muito a mente das pessoas e se você não obtiver uma boa informação do que está ocorrendo ao seu redor, acabará no jogo da mídia manipulativa, ou seja, a má influência que ela causa. 
Muitos já tentaram trazer para as telas da televisão programas mais inteligentes, mas não obtiveram sucesso, pois estamos tão acostumados com o sensacionalismo barato, que não damos mais importância àquilo que realmente seria útil a nossas vidas. Há canais de televisão, como a TV Educativa, que seria de grande valia se fosse liberada nos canais abertos, mas por conter programas educativos e saudáveis aos nossos filhos, perde espaço para os desenhos violentos, como Dragon Ball e Power Rangers.
Desta forma, temos que observar o que é assistido em nossas residências, tomar cuidado sobre o que estamos lendo, perceber o que a mídia acaba causando de ruim em nosso comportamento. Sabemos que é um meio de comunicação de massa que melhor nos informa sobre o que está ocorrendo no mundo, mas também sabemos o quanto pode causar danos ao nosso cotidiano na relação interpessoal.
Atualmente percebemos uma grandiosa influência dos meios de comunicação de massa (mídia) no cotidiano mundial. Percebemos isso ao presenciarmos os benefícios e malefícios que ela nos proporciona no comportamento cotidiano. Muitas vezes, isso causa transtornos de personalidade em algumas pessoas, principalmente em crianças, pois pela influência dos desenhos violentos, elas acabam tendo os mesmos comportamentos de seus “super - heróis”, vemos isso no nosso dia-a-dia em nossa vizinhança. Devemos ter a consciência do que pode e não pode ser assistido por nossas crianças e adolescentes, já que a mídia não intervém em colaborar; e não dar tanta ênfase a novelas, minisséries ou até mesmo filmes que incentivem a violência.
Na década de oitenta, sonhávamos em ser “He-Man”, hoje as crianças querem ser o “Homem Aranha” ou um “Power Ranger”. Se pararmos para analisarmos e compararmos os desenhos de hoje com os desenhos e programas infantis desta época, iremos perceber que já ouve a “época da inocência”, é claro que havia bruxas que faziam maldades, mas isso eram “contos da carochinha” e sabíamos disso. Hoje a maldade nos desenhos é apavorante.
Há a preocupação de que a mídia influencie de tal forma a população que a mesma deixe de lado sua personalidade e passe a pensar como tantos “personagens televisivos”. Pesquisar os efeitos dos meios de comunicação sobre a sociedade é atiçar um problema.
Há educadores que são totalmente contra o uso da televisão na escola. Dizem que quanto menos TV, principalmente para as crianças, melhor, mesmo que se pense nos bons programas, excluindo os reality shows e programas de baixa qualidade. Argumentos não faltam: quanto maior o número de horas diante da televisão, mais aumenta o risco de violência, devido a uma tendência de imitação de comportamentos violentos; a TV é para entretenimento, a escola é para estudar etc. (LUCENA. 2008).
A fraca interatividade e criatividade dos jovens e das crianças, fato que causa preocupação dos professores, tem certa relação com a dependência deste público para com a televisão. As produções textuais e diálogos são cópias padronizadas dos personagens televisivos.
Nas escolas, as crianças não brincam mais de nas pracinhas ou mesmo com jogos mais educativos, elas preferem, muitas vezes, brincadeiras um pouco mais violentas. É claro que nos tempos de outrora, também brincávamos de “polícia e ladrão”, mas ainda era uma época mais inocente.
Os meios de comunicação de massa influenciam, “mudam” a nossa tomada de decisão de forma desenfreada num modo em geral, sem ter conscientização de, além de entreter o telespectador, informá-lo e ao mesmo tempo colocá-lo a par dos fatos que ocorrem em seu cotidiano de forma sucinta e verdadeira, ela (a mídia) deveria preocupar-se no que diz respeito à credibilidade da informação, preocupam-se mais em “ganhar da concorrência” do que transmitir a informação com êxito e clareza.
Credibilidade. Sensacionalismo. Duas palavras que não deveriam estar juntas em uma mesma emissora de televisão e muito menos envolvidas em outros tantos meios de comunicação de massa. As emissoras que já possuem esta credibilidade, não podem pecar em seguir o sensacionalismo barato que percebemos já ter tomado conta de tantas outras emissoras. Ficar dando ênfase a assassinatos ou até mesmo dando créditos a assassinos ou, pessoas que já passaram por uma situação extrema de perigo, é um assunto que deveria ser colocado de lado, logo após terem cumprido seu papel essencial: informar o fato.
Quem tem prestígio já caminhou metade da jornada. A raiz dele é a credibilidade, que resulta de um cotidiano difícil de se levar. A primeira e fundamental exigência é agir sempre com a verdade e pela verdade, proclamando-a quando descoberta, descobrindo-a quando escondida, fazendo disso o interesse maior, que derrube todos os outros, mesmo os que têm a ver com o resultado econômico da atividade.
Entretenimento e informação são diferentes. Espera-se que seja simples a distinção. Que os profissionais da comunicação deixem isso muito claro e que o público possa perceber com facilidade que um programa de calouros não é um telejornal. (Zero Hora, 2008)
A falta de informação e a manipulação através da propaganda acabam tornando-se gritantemente apelativas. Um exemplo disso, seriam as propagandas de cerveja, usam mulheres seminuas para divulgar sua mercadoria, insinuando que se você tomar a cerveja poderia estar acompanhado de uma destas belas mulheres, mas sabemos que na verdade ocorre o oposto: você acaba bebendo demais e dirigindo embriagado; mesmo as mesmas propagandas dizendo “Se beber, não dirija”.
Violência na televisão é o que mais vemos nos últimos anos, e pelo que percebemos, só tende a piorar. Uma prova disso é o fato de que, por muitas vezes, as emissoras de TV fazem um completo “alvoroço” em torno da desgraça alheia. O problema é que quanto maior o “show business”, pior é o seu reflexo no comportamento das pessoas, pois sabemos que muitos jovens copiam o que vêem na tela da televisão da sala de estar. Isso gera mais episódios de violência, e esse é o maior desafio das emissoras de televisão, informar sem manipular, sem influenciar.
Mostrar as cenas de um caso de cárcere privado, informar os passos da polícia, explicar as causas e conseqüências do crime, e aprofundar análises sob vários enfoques, tudo isso é jornalismo, informação. Fazer disso um interminável espetáculo é um crime. E, quando o telejornalismo vira minissérie, ou quando o programa de variedades se arvora a programa jornalístico, é uma tragédia. Ou várias. Nos dias seguintes aparecem os que imitam o criminoso que a mídia escancarou. Aconteceu de novo, na poeira que o caso de Santo André deixou. (Zero Hora, 2008)
Uma coisa que poderia ser mudada no nosso país, é a venda de catástrofes. Deveríamos mostrar nos cinemas, não o lado “ruim” do Brasil, como no filme “Carandirú”, onde mostra o assassinato de milhares de detentos, ou até mesmo o filme “Última Parada 174” de Bruno Barreto, onde narra o seqüestro que ocorreu em 2000 dentro de um ônibus, devemos dar ênfase a histórias que nos engrandeçam a mente, que dêem moral a nossa vida e não uma “vitrine de horrores”. O dinheiro infelizmente gira mais onde há tragédias.
Se cada um de nós não achasse normal a violência cotidiana apresentada na televisão, com certeza, isso mudaria de figura. Mas estamos tão acomodados em nosso mundo, que achamos uma coisa banal, enquanto a violência não acontece na nossa casa, na nossa rua, na nossa cidade. Quantos casos já vimos de estupros, roubos seguidos de assassinatos, ou até mesmo, de casos em que o marido mata a família toda em um acesso de raiva? Isso ocorre porque violência gera ainda mais violência.
 Mas também há as propagandas que te influenciam a salvar vidas. Um exemplo disso são as propagandas de campanhas de auxílio, propagandas que te influenciam na doação de órgãos, doação de sangue, ou até mesmo, aquelas campanhas anuais, como o programa “Criança Esperança”, que pode ajudar pessoas em diversas partes do Brasil. Campanhas pela localização de crianças desaparecidas também já foram até mesmo temas de telenovelas, provando que a televisão também tem seu papel quando se trata em salvar vidas, exemplo do personagem de Isadora Ribeiro em uma novela da autora Glória Perez, que sempre procurou retratar os problemas atuais em suas novelas e também foi uma vítima da violência quando perdeu sua filha Daniela Perez assassinada por um colega de trabalho, que não soube separar a ficção da realidade.
Há também propagandas de utilidade pública, aquelas que informam, dependendo da estação do ano, o que acontece em nosso país. Um exemplo disso são as campanhas contra a dengue, os períodos críticos de chuva, quanto ao lixo que são jogados nos bueiros e nas ruas das cidades. Isso nos mostra que a mídia mantém seu papel importante na conscientização da população quanto ao meio ambiente e a saúde pública.
Gravidez na adolescência, uso de drogas, alcoolismo, tabagismo... tantos assuntos já foram tratados nas telenovelas para conscientização dos problemas que isso causa em nossas vidas, que percebemos o quanto os roteiristas se preocupam com o bem – estar dos telespectadores, e esperamos que todas as emissoras dêem o devido atenção para este tipo de apoio humanitário. Devemos utilizar este “serviço público de informação” para gerar opinião favorável a vida mais saudável e consciente.
Os programas humorísticos, por exemplo, ao invés de trazer humor com criatividade e diversão, acabam por se tornar grotescos e ainda mais manipulativos com seus clichês e diálogos sem quaisquer conteúdos.  Uma amostra deste “besteirol” que se tornaram estas programas é o programa Pânico na TV!, com sua “dança do siri”, que obriga celebridades a participarem, sem a mínima graça, das danças nas ruas das cidades. A Rede Globo de Televisão até pensou em processar os organizadores do programa, pois, em uma entrevista em um Shopping Center carioca, em junho de 2007, quando faziam a tomada no ar ao vivo, um grupo de adolescentes encenaram atrás de um repórter (VEJA, 8 de Agosto de 2007, p.131), causando transtorno na transmissão da reportagem.
Outra crítica aos programas humorísticos é o Casseta e Planeta Urgente!, que faz sátiras nem um pouco engraçadas de celebridades, e até mesmo “falando mal” das diferenças culturais de cada estado brasileiro. Uma amostra disso é a forma como eles se referem a nós, gaúchos.
Mas há também programas humorísticos bons, como alguns quadros apresentados no Domingão do Faustão, com descoberta de novos talentos do humor brasileiro. Um exemplo disso, foi à dedicação que este (Fausto Silva), teve ao descobrir talentos pelo Brasil em um concurso de piadas. Além de entreter, dá oportunidade aos novos talentos, mostrando que humor inteligente e original também agrada e não apenas sátiras e caricaturas de pessoas famosas.
A influência da mídia “cai como uma luva” no gosto popular. Vemos isso nas ruas, nos diálogos e até mesmo entre as crianças. Este reflexo ocorre através da moda, ditos populares dentre tantas infinidades de influências que a televisão gera. Isso sem contar nas músicas sem sentido que tocam nas FM’s por todo o Brasil. Destaca-se neste ponto de vista a alienação em relação aos fatos reais que ocorrem no mundo e que a mídia deveria informar, mas não informa. É só banalização. A mídia tem seus “altos e baixos”: hoje você é o “queridinho”, amanhã, você é “odiado”, oscilando desta forma o gosto popular.
São tantas e tão fenomenais confusões que já se pode falar em Síndrome de Britney Spears: tudo o que a cantora faz de errado ganha uma dimensão desproporcional, daí ela reage, vem mais cobertura negativa e a coisa não pára mais. A volta de Britney aos palcos, por exemplo. Está certo que sua apresentação no show do VMA, prêmio de música da MTV Americana, não foi nenhuma maravilha. Mas precisavam ter massacrado a garota? Chamá-la de dopada e, pior ainda, de gorda? Bastava dar, com jeitinho, três conselhos: 1) recomenda-se a volta ao regime de 1.000 abdominais diários, que produziu a outrora fenomenal barriguinha; 2) retomar as aulas de dança também não faria mal algum; e 3) ensaios são necessários para dominar a difícil arte de dublar a si mesma no palco. (VEJA, 2007, p.98)
Devemos ter certo cuidado para não confundirmos o fictício com a realidade. Vemos na televisão o que a falta desta diferenciação pode causar: há pessoas que não sabem diferenciar o ator do personagem, e isso causa muitos transtornos aos atores, pois são agredidos nas ruas por seus personagens. Um exemplo disso é o ator Jacson Antunes que foi agredido nas ruas por representar um personagem que bate em sua esposa e filhos, na novela “A Favorita” da Rede Globo. As pessoas se deixam influenciar de tal maneira pelo que vêem, que perdem a noção de realidade, e isso é preocupante.
E o que falar sobre a moda e comportamento? Estes não passam despercebidos. A moda e a mídia causam tanto furor entre as mulheres e adolescentes que chega a ser engraçado quando vemos duas mulheres em uma festa com o mesmo vestido. Tudo o que a televisão apresenta em suas personagens de telenovelas, sai nas capas e páginas das revistas de moda. Isso só nos mostra como as pessoas pecam em não ter seu estilo de vestir e agir próprios. Sempre querem desfrutar daquela roupa que tal personagem está usando ou até mesmo às frases cheias de “inteligência” de algumas delas; sem contar com os cortes de cabelos, que fazem a cabeça das mulheres.
Temos consciência que a mídia é um excelente veículo de informação, entretenimento, e por isso, devemos a ela muito do que a população mundial é hoje: pessoas bem informadas, muitas preocupadas com a situação do mundo hoje, pessoas conscientes do seu papel para com o próximo. Isso a mídia nos proporciona.
A cada instante, percebemos que a tecnologia avança assim como a mídia se adapta as necessidades da comunicação instantânea. A internet é uma prova disso, um veículo que tem a informação num minuto, também transmite telejornais, rádiowebs, jornais virtuais, através da TV Digital, tudo para que a população não fique um minuto sem os dados e informes do cotidiano mundial, tudo isso em tempo real.
Sabemos que a tecnologia da mídia via internet é uma realidade que não chega a todas as residências, mas temos as “lan houses”, onde podemos usufruir destes “serviços” que a nova mídia nos proporciona.
Claro que aqui podemos ter apresentado mais ênfase aos malefícios da mídia, mas com o intuito de fazer com que as pessoas também vejam este lado que ela camufla muitas vezes. Sabemos o quanto a mídia e os outros meios de comunicação são importantes no mundo atual, mas não devemos nos prender em suas histórias, pois sabemos que muitas emissoras se prendem em suas opiniões sem se preocupar com a opinião que realmente interessa: a do povo.
Nossa preocupação com a mídia é a dependência que esta tecnologia pode causar na mente das pessoas. Muitos não conseguem mais passar um terço de seu tempo sem este aparelho ligado, a televisão, ainda mais quando não tem um incentivo a mais para se distrair. Muitas mulheres não conseguem passar um dia sem estar a par da novela do horário nobre, outros não conseguem ficar sem ver o seu jogo de futebol, há aqueles que, na falta de outro entretenimento, preferem ver um filme, e há poucos que trocam a televisão por algo mais saudável, um bom livro.





[1] Acadêmico da Universidade Regional do Noroeste do Estado do Rio Grande do Sul – UNIJUÍ, do curso de Comunicação Social, habilitação em Jornalismo.