Mídia: Benefícios e Malefícios
Cotidiano e
Comportamento
Comunicação é tudo. Uma propaganda ou até mesmo um programa
de televisão tem seu entretenimento, seu apoio no desenvolvimento de opinião do
ser humano e no serviço público. No mundo de hoje onde a tecnologia toma conta
de nossas vidas, é quase que impossível imaginar uma residência sem um aparelho
de rádio, uma televisão ou até mesmo computador conectado à internet. Esta
“dependência tecnológica” gera também a influência, é ela quem nos ajuda na
tomada de decisões sobre um candidato, sobre gostos em relação à categoria de
filmes, é ela quem nos mostra sobre os fatos que ocorrem no mundo a cada
instante.
Queremos aqui apresentar os benefícios e malefícios que a
mídia gera em cada pessoa em cada um dos assuntos mais importantes do nosso
cotidiano, demonstrar de que forma ela pode tanto gerar conflitos de idéias tal
como gerar acordos. Opiniões são formadas e até mesmo modificadas num simples “click” no botão do controle remoto.
O que mais importa neste artigo, é mostrar a forma como ela
influencia a população mundial. Um exemplo são os conflitos mundiais que acabam
se tornando visíveis a todos e refletindo gravemente em nossas vidas, mas por
muitas vezes, vemos apenas um ângulo dos fatos, pois a mídia manipula muito a
mente das pessoas e se você não obtiver uma boa informação do que está
ocorrendo ao seu redor, acabará no jogo da mídia manipulativa, ou seja, a má
influência que ela causa.
Muitos já tentaram trazer para as telas da televisão
programas mais inteligentes, mas não obtiveram sucesso, pois estamos tão
acostumados com o sensacionalismo barato, que não damos mais importância àquilo
que realmente seria útil a nossas vidas. Há canais de televisão, como a TV
Educativa, que seria de grande valia se fosse liberada nos canais abertos, mas
por conter programas educativos e saudáveis aos nossos filhos, perde espaço
para os desenhos violentos, como Dragon
Ball e Power Rangers.
Desta forma, temos que observar o que é assistido em nossas
residências, tomar cuidado sobre o que estamos lendo, perceber o que a mídia
acaba causando de ruim em nosso comportamento. Sabemos que é um meio de
comunicação de massa que melhor nos informa sobre o que está ocorrendo no
mundo, mas também sabemos o quanto pode causar danos ao nosso cotidiano na
relação interpessoal.
Atualmente percebemos uma grandiosa influência dos meios de
comunicação de massa (mídia) no cotidiano mundial. Percebemos isso ao
presenciarmos os benefícios e malefícios que ela nos proporciona no
comportamento cotidiano. Muitas vezes, isso causa transtornos de personalidade
em algumas pessoas, principalmente em crianças, pois pela influência dos
desenhos violentos, elas acabam tendo os mesmos comportamentos de seus “super - heróis”, vemos isso no nosso dia-a-dia em nossa vizinhança. Devemos
ter a consciência do que pode e não pode ser assistido por nossas crianças e
adolescentes, já que a mídia não intervém em colaborar; e não dar tanta ênfase
a novelas, minisséries ou até mesmo filmes que incentivem a violência.
Na década de oitenta, sonhávamos em ser “He-Man”, hoje as crianças querem ser o “Homem Aranha” ou um “Power
Ranger”. Se pararmos para analisarmos e compararmos os desenhos de hoje com
os desenhos e programas infantis desta época, iremos perceber que já ouve a “época da inocência”, é claro que havia
bruxas que faziam maldades, mas isso eram “contos
da carochinha” e sabíamos disso. Hoje a maldade nos desenhos é apavorante.
Há a preocupação de que a mídia influencie de tal forma a população
que a mesma deixe de lado sua personalidade e passe a pensar como tantos “personagens televisivos”. Pesquisar os
efeitos dos meios de comunicação sobre a sociedade é atiçar um problema.
Há educadores que são totalmente contra o uso da televisão na escola.
Dizem que quanto menos TV, principalmente para as crianças, melhor, mesmo que
se pense nos bons programas, excluindo os reality
shows e programas de baixa qualidade. Argumentos não faltam: quanto maior o
número de horas diante da televisão, mais aumenta o risco de violência, devido
a uma tendência de imitação de comportamentos violentos; a TV é para
entretenimento, a escola é para estudar etc. (LUCENA. 2008).
A fraca interatividade e criatividade dos jovens e das
crianças, fato que causa preocupação dos professores, tem certa relação com a
dependência deste público para com a televisão. As produções textuais e
diálogos são cópias padronizadas dos personagens televisivos.
Nas escolas, as crianças não brincam mais de nas pracinhas ou
mesmo com jogos mais educativos, elas preferem, muitas vezes, brincadeiras um
pouco mais violentas. É claro que nos tempos de outrora, também brincávamos de “polícia e ladrão”, mas ainda era uma
época mais inocente.
Os meios de comunicação de massa influenciam, “mudam” a nossa
tomada de decisão de forma desenfreada num modo em geral, sem ter
conscientização de, além de entreter o telespectador, informá-lo e ao mesmo
tempo colocá-lo a par dos fatos que ocorrem em seu cotidiano de forma sucinta e
verdadeira, ela (a mídia) deveria preocupar-se no que diz respeito à
credibilidade da informação, preocupam-se mais em “ganhar da concorrência” do
que transmitir a informação com êxito e clareza.
Credibilidade. Sensacionalismo. Duas palavras que não
deveriam estar juntas em uma mesma emissora de televisão e muito menos
envolvidas em outros tantos meios de comunicação de massa. As emissoras que já
possuem esta credibilidade, não podem pecar em seguir o sensacionalismo barato
que percebemos já ter tomado conta de tantas outras emissoras. Ficar dando
ênfase a assassinatos ou até mesmo dando créditos a assassinos ou, pessoas que
já passaram por uma situação extrema de perigo, é um assunto que deveria ser
colocado de lado, logo após terem cumprido seu papel essencial: informar o
fato.
Quem tem prestígio já caminhou metade da jornada. A
raiz dele é a credibilidade, que resulta de um cotidiano difícil de se levar. A
primeira e fundamental exigência é agir sempre com a verdade e pela verdade,
proclamando-a quando descoberta, descobrindo-a quando escondida, fazendo disso
o interesse maior, que derrube todos os outros, mesmo os que têm a ver com o
resultado econômico da atividade.
Entretenimento e informação são diferentes. Espera-se que seja simples
a distinção. Que os profissionais da comunicação deixem isso muito claro e que
o público possa perceber com facilidade que um programa de calouros não é um
telejornal. (Zero Hora, 2008)
A falta de informação e a manipulação através da propaganda
acabam tornando-se gritantemente apelativas. Um exemplo disso, seriam as
propagandas de cerveja, usam mulheres seminuas para divulgar sua mercadoria,
insinuando que se você tomar a cerveja poderia estar acompanhado de uma destas
belas mulheres, mas sabemos que na verdade ocorre o oposto: você acaba bebendo
demais e dirigindo embriagado; mesmo as mesmas propagandas dizendo “Se beber,
não dirija”.
Violência na televisão é o que
mais vemos nos últimos anos, e pelo que percebemos, só tende a piorar. Uma
prova disso é o fato de que, por muitas vezes, as emissoras de TV fazem um
completo “alvoroço” em torno da desgraça alheia. O problema é que quanto maior
o “show business”, pior é o seu
reflexo no comportamento das pessoas, pois sabemos que muitos jovens copiam o
que vêem na tela da televisão da sala de estar. Isso gera mais episódios de
violência, e esse é o maior desafio das emissoras de televisão, informar sem
manipular, sem influenciar.
Mostrar as cenas de um caso de cárcere privado, informar os passos da
polícia, explicar as causas e conseqüências do crime, e aprofundar análises sob
vários enfoques, tudo isso é jornalismo, informação. Fazer disso um
interminável espetáculo é um crime. E, quando o telejornalismo vira minissérie,
ou quando o programa de variedades se arvora a programa jornalístico, é uma
tragédia. Ou várias. Nos dias seguintes aparecem os que imitam o criminoso que
a mídia escancarou. Aconteceu de novo, na poeira que o caso de Santo André
deixou. (Zero Hora, 2008)
Uma coisa que poderia ser mudada no nosso país, é a venda de
catástrofes. Deveríamos mostrar nos cinemas, não o lado “ruim” do Brasil, como
no filme “Carandirú”, onde mostra o assassinato de milhares de detentos, ou até
mesmo o filme “Última Parada 174”
de Bruno Barreto, onde narra o seqüestro que ocorreu em 2000 dentro de um
ônibus, devemos dar ênfase a histórias que nos engrandeçam a mente, que dêem
moral a nossa vida e não uma “vitrine de horrores”. O dinheiro infelizmente
gira mais onde há tragédias.
Se cada um de nós não achasse normal a violência cotidiana
apresentada na televisão, com certeza, isso mudaria de figura. Mas estamos tão
acomodados em nosso mundo, que achamos uma coisa banal, enquanto a violência
não acontece na nossa casa, na nossa rua, na nossa cidade. Quantos casos já
vimos de estupros, roubos seguidos de assassinatos, ou até mesmo, de casos em
que o marido mata a família toda em um acesso de raiva? Isso ocorre porque
violência gera ainda mais violência.
Mas também há as
propagandas que te influenciam a salvar vidas. Um exemplo disso são as
propagandas de campanhas de auxílio, propagandas que te influenciam na doação
de órgãos, doação de sangue, ou até mesmo, aquelas campanhas anuais, como o
programa “Criança Esperança”, que pode ajudar pessoas em diversas partes do
Brasil. Campanhas pela localização de crianças desaparecidas também já foram
até mesmo temas de telenovelas, provando que a televisão também tem seu papel
quando se trata em salvar vidas, exemplo do personagem de Isadora Ribeiro em
uma novela da autora Glória Perez, que sempre procurou retratar os problemas
atuais em suas novelas e também foi uma vítima da violência quando perdeu sua
filha Daniela Perez assassinada por um colega de trabalho, que não soube
separar a ficção da realidade.
Há também propagandas de utilidade pública, aquelas que
informam, dependendo da estação do ano, o que acontece em nosso país. Um
exemplo disso são as campanhas contra a dengue, os períodos críticos de chuva,
quanto ao lixo que são jogados nos bueiros e nas ruas das cidades. Isso nos
mostra que a mídia mantém seu papel importante na conscientização da população
quanto ao meio ambiente e a saúde pública.
Gravidez na adolescência, uso de drogas, alcoolismo,
tabagismo... tantos assuntos já foram tratados nas telenovelas para
conscientização dos problemas que isso causa em nossas vidas, que percebemos o
quanto os roteiristas se preocupam com o bem – estar dos telespectadores, e
esperamos que todas as emissoras dêem o devido atenção para este tipo de apoio
humanitário. Devemos utilizar este “serviço público de informação” para gerar
opinião favorável a vida mais saudável e consciente.
Os programas humorísticos, por exemplo, ao invés de trazer
humor com criatividade e diversão, acabam por se tornar grotescos e ainda mais manipulativos
com seus clichês e diálogos sem
quaisquer conteúdos. Uma amostra deste
“besteirol” que se tornaram estas programas é o programa Pânico na TV!, com sua “dança do siri”, que obriga celebridades a
participarem, sem a mínima graça, das danças nas ruas das cidades. A Rede Globo
de Televisão até pensou em processar os organizadores do programa, pois, em uma
entrevista em um
Shopping Center carioca, em junho de 2007, quando faziam a
tomada no ar ao vivo, um grupo de adolescentes encenaram atrás de um repórter
(VEJA, 8 de Agosto de 2007, p.131), causando transtorno na transmissão da
reportagem.
Outra crítica aos programas humorísticos é o Casseta e Planeta Urgente!, que faz
sátiras nem um pouco engraçadas de celebridades, e até mesmo “falando mal” das
diferenças culturais de cada estado brasileiro. Uma amostra disso é a forma
como eles se referem a nós, gaúchos.
Mas há também programas humorísticos bons, como alguns
quadros apresentados no Domingão do
Faustão, com descoberta de novos talentos do humor brasileiro. Um exemplo
disso, foi à dedicação que este (Fausto Silva), teve ao descobrir talentos pelo
Brasil em um concurso de piadas. Além de entreter, dá oportunidade aos novos
talentos, mostrando que humor inteligente e original também agrada e não apenas
sátiras e caricaturas de pessoas famosas.
A influência da mídia “cai
como uma luva” no gosto popular. Vemos isso nas ruas, nos diálogos e até
mesmo entre as crianças. Este reflexo ocorre através da moda, ditos populares
dentre tantas infinidades de influências que a televisão gera. Isso sem contar
nas músicas sem sentido que tocam nas FM’s por todo o Brasil. Destaca-se neste
ponto de vista a alienação em relação aos fatos reais que ocorrem no mundo e
que a mídia deveria informar, mas não informa. É só banalização. A mídia tem
seus “altos e baixos”: hoje você é o “queridinho”, amanhã, você é “odiado”, oscilando desta forma o gosto
popular.
São tantas e tão fenomenais confusões que já se pode falar em Síndrome
de Britney Spears: tudo o que a cantora faz de errado ganha uma dimensão
desproporcional, daí ela reage, vem mais cobertura negativa e a coisa não pára
mais. A volta de Britney aos palcos, por exemplo. Está certo que sua
apresentação no show do VMA, prêmio de música da MTV Americana, não foi nenhuma
maravilha. Mas precisavam ter massacrado a garota? Chamá-la de dopada e, pior
ainda, de gorda? Bastava dar, com jeitinho, três conselhos: 1) recomenda-se a
volta ao regime de 1.000 abdominais diários, que produziu a outrora fenomenal
barriguinha; 2) retomar as aulas de dança também não faria mal algum; e 3)
ensaios são necessários para dominar a difícil arte de dublar a si mesma no
palco. (VEJA, 2007, p.98)
Devemos ter certo cuidado para não confundirmos o fictício
com a realidade. Vemos na televisão o que a falta desta diferenciação pode
causar: há pessoas que não sabem diferenciar o ator do personagem, e isso causa
muitos transtornos aos atores, pois são agredidos nas ruas por seus
personagens. Um exemplo disso é o ator Jacson Antunes que foi agredido nas ruas
por representar um personagem que bate em sua esposa e filhos, na novela “A Favorita” da Rede Globo. As pessoas
se deixam influenciar de tal maneira pelo que vêem, que perdem a noção de
realidade, e isso é preocupante.
E o que falar sobre a moda e comportamento? Estes não passam
despercebidos. A moda e a mídia causam tanto furor entre as mulheres e
adolescentes que chega a ser engraçado quando vemos duas mulheres em uma festa
com o mesmo vestido. Tudo o que a televisão apresenta em suas personagens de
telenovelas, sai nas capas e páginas das revistas de moda. Isso só nos mostra
como as pessoas pecam em não ter seu estilo de vestir e agir próprios. Sempre
querem desfrutar daquela roupa que tal personagem está usando ou até mesmo às
frases cheias de “inteligência” de algumas delas; sem contar com os cortes de
cabelos, que fazem a cabeça das mulheres.
Temos consciência
que a mídia é um excelente veículo de informação, entretenimento, e por isso,
devemos a ela muito do que a população mundial é hoje: pessoas bem informadas,
muitas preocupadas com a situação do mundo hoje, pessoas conscientes do seu
papel para com o próximo. Isso a mídia nos proporciona.
A cada instante,
percebemos que a tecnologia avança assim como a mídia se adapta as necessidades
da comunicação instantânea. A internet é uma prova disso, um veículo que tem a
informação num minuto, também transmite telejornais, rádiowebs, jornais virtuais, através da TV Digital, tudo para que a
população não fique um minuto sem os dados e informes do cotidiano mundial,
tudo isso em tempo real.
Sabemos que a
tecnologia da mídia via internet é uma realidade que não chega a todas as
residências, mas temos as “lan houses”,
onde podemos usufruir destes “serviços” que a nova mídia nos proporciona.
Claro que aqui podemos ter apresentado mais ênfase aos
malefícios da mídia, mas com o intuito de fazer com que as pessoas também vejam
este lado que ela camufla muitas vezes. Sabemos o quanto a mídia e os outros
meios de comunicação são importantes no mundo atual, mas não devemos nos
prender em suas histórias, pois sabemos que muitas emissoras se prendem em suas
opiniões sem se preocupar com a opinião que realmente interessa: a do povo.
Nossa preocupação com a mídia é a dependência que esta
tecnologia pode causar na mente das pessoas. Muitos não conseguem mais passar
um terço de seu tempo sem este aparelho ligado, a televisão, ainda mais quando
não tem um incentivo a mais para se distrair. Muitas mulheres não conseguem
passar um dia sem estar a par da novela do horário nobre, outros não conseguem
ficar sem ver o seu jogo de futebol, há aqueles que, na falta de outro
entretenimento, preferem ver um filme, e há poucos que trocam a televisão por
algo mais saudável, um bom livro.